sábado, 6 de novembro de 2010

O Estado Laico e pluralista e as igrejas


Descriminalização do aborto e a união civil de homosexuais, temas suscitados na campanha eleitoral, ensejam uma reflexão sobre a laicidade do Estado brasileiro, expressão do amadurecimento de nossa democracia. Laico é um Estado que não é confessional, como ocorre ainda em vários países que estabelecem uma religião, a majoritária, como oficial. Laico é o Estado que não impõe nenhuma religião mas que respeita a todas, mantendo-se imparcial diante de cada uma delas. Essa imparcialidade não significa desconhecer o valor espiritual e ético de uma confissão religiosa. Mas por causa do respeito à consciência, o Estado é o garante do pluralismo religioso.
Por causa dessa imparcialidade não é permitido ao Estado laico impôr, em matéria controversa de ética, comportamentos derivados de ditames ou dogmas de uma religião, mesmo dominante. Ao entrar no campo político e ao assumir cargos no aparelho de Estado, não se pede aos cidadãos religiosos que renunciem a suas convicções religiosas. O único que se cobra deles é que não pretendam impôr a sua visão a todos os demais nem traduzir em leis gerais seus próprios pontos de vista particulares. A laicidade obriga a todos a exercer a razão comunicativa, a superar os dogmatismos em favor de uma convivência pacífica e diante dos conflitos buscar pontos de convergência comuns. Nesse sentido, a laicidade é um princípio da organização jurídica e social do Estado moderno.
Subjacente à laicidade há uma filosofia humanística, base da democracia sem fim: o respeito incondicional ao ser humano e o valor da consciência individual, independente de seus condicionamentos. Trata-se de uma crença, não em Deus como nas religiões que melhor chamaríamos de fé, mas de crença no ser humano em si mesmo, como valor. Ela se expressa pelo reconhecimento do pluralismo e pela convivência entre todos.
Não será fácil. Quem está convencido da verdade de sua posição, será tentado a divulgá-la e ganhar adeptos para ela. Mas está impedido de usar meios massivos para fazer valê-la aos outros. Isso seria proselitismo e fundamentalismo.
Laicidade não se confunde com laicismo. Este configura uma atitude que visa a erradicar da sociedade as religiões, como ocorreu com o socialismo de versão soviética ou por qualquer motivo que se aduza, para dar espaço apenas a valores seculares e racionais. Este comportamento é religioso ao avesso e desrespeita as pessoas religiosas.
Setores de Igreja ferem a laicidade quando, como ocorreu entre nós, aconselharam a seus membros a não votarem em certa candidata por apoiar a discriminalização do aborto por razões de saúde pública ou aceitar as uniões civis de homosexuais. Essa atitude é inaceitável dentro do regime laico e democrático que é o convívio legítimo das diferenças.
A ação política visa a realização do bem comum concretamente possível nos limites de uma determinada situação e de um certo estado de consciência coletivo. Pode ocorrer que, devido às muitas polêmicas, não se consiga alcançar o melhor bem comum concretamente possível. Neste caso é razoável, também para as Igrejas, acolher um bem menor ou tolerar um mal menor para evitar um mal maior.
A laicidade eleva a todos os cidadãos religiosos a um mesmo patamar de dignidade. Essa igualdade não invalida os particularismos próprios de cada religião, apenas cobra dela o reconhecimento desta mesma igualdade às outras religiões.
Mas não há apenas a laicidade jurídica. Há ainda uma laicidade cultural e política que, entre nós, é geralmente desrespeitada. A maioria das sociedades atuais laicas são hegemonizadas pela cultura do capital. Nesta prevalecem valores materiais questionáveis como o individualismo, a exaltação da propriedade privada, a laxidão dos costumes e a magnificação do erotismo. Utilizam-se os meios de comunicação de massa, a maioria deles propriedade privada de algumas famílias poderosas que impõem a sua visão das coisas.
Tal prática atenta contra o estatuto laico da sociedade. Esta deve manter distância e submeter à crítica os “novos deuses”. Estes são ídolos de uma “religião laica” montada sobre o culto do progresso ilimitado, da tecnificação de toda vida e do hedonismo, sabendo-se que este culto é política e ecologicamente falso porque implica a continuada exploração da natureza já degradada e a exclusão social de muita gente.
Mesmo assim não se invalida a laicidade como valor social.
Leonardo Boff é teólogo e escritor.
Do CORREIO DO BRASIL.
(Blog do Saraiva)


créditos correio da manhã

O que é o universalismo?




O que é o universalismo?

É uma forma de desenvolver a consciência sem dogmas ou paradigmas, sem determinismos, que procura unir a sabedoria do oriente a do ocidente, a ciência e a espiritualidade, aproveitando tudo que é de bom, sem preconceitos e determinismos.

É o mesmo que dizer que a melhor religião é a do coração e a melhor filosofia é a de fazer o bem, com simplicidade, leveza e amorosidade. O universalismo busca mostrar para as pessoas que não precisamos apenas de religiosidade, precisamos de espiritualidade, o que refere-se ao estado de espírito, ao nível de consciência, que é o que realmente necessitamos. Ser religioso não garante uma consciência espiritualizada.

2-)Qual é o melhor caminho para busca da espiritualidade?

Não existe um melhor caminho, assim como não existe uma melhor doutrina ou religião. Há milhares de caminhos que podem nos ajudar a desenvolver essa consciência. O fundamental é que a pessoa aprenda a assumir e cumprir compromissos com ela mesma, sendo indispensável que ela se dedique muito, aprenda a olhar para dentro, aprenda a se guiar pelo coração, pela intuição.

O melhor caminho é uma escolha pessoal, mas é sensato dizer que sempre deve ser acompanhado de muito discernimento, humildade para exterminar qualquer forma de absolutismo ou determinismo. Também é importante frisar que se não houver dedicação e aprofundamento a busca fica complicada.

A prática de leituras edificantes, o desenvolvimento do hábito da boa e velha oração, as meditações, a participação em palestras, a realização de vivências e cursos sobre a temática da espiritualidade, o contato com a natureza também são bons caminhos para se desenvolver.

3-)Se existem tantos caminhos adequados para buscar Deus, porque há tanta briga por defender qual é a melhor religião?

Porque existe muita ignorância, disputa de poder, necessidade de controle, ego, vaidade e um distanciamento muito grande da verdadeira fonte divina. Essa forma de estimular a espiritualidade está verdadeiramente fora de moda, haja visto a evidente evasão de fies em muitas religiões pelo mundo.

As religiões podem ser instrumentos auxiliares para ajudar as pessoas buscar espiritualidade, no entanto não são indispensáveis e não detém a verdade integral sobre nada. O que evidenciamos não é a luta entre o bem e o mau, no entanto a batalha acirrada entre a sabedoria e a ignorância.

4-)O que significa dizer que a melhor religião é a do amor e que a melhor filosofia é de fazer o bem?

Significa que para desenvolver a espiritualidade não precisamos ser de uma religião ou outra. Não é necessária essa escolha. Que a melhor forma de buscar a evolução espiritual acontece pelo discernimento do coração, humildade, simplicidade e leveza.

5-)Se existem várias formas de buscar a espiritualidade, e essas independem de religiões, então qual o papel das religiões nesse contexto?

As religiões são importantíssimas para muitas camadas da população em todo o mundo. Algumas pessoas estão tão distantes de suas essências que não sabem nem por onde começar essa caminhada, não estão prontas para desfrutar essa liberdade presente no século XXI.

Muitos indivíduos em seus determinados estágios evolutivos, sem uma regra ou método, jamais conseguiriam vislumbrar qualquer forma de espiritualidade. Outro fato importante é que muitas religiões são sérias e bem intencionadas, apresentando maneiras saudáveis de estreitar essa conexão do Eu do ego com o Eu divino, portanto se usadas com sabedoria podem ser muito úteis.

O que chamamos a atenção é que vivemos um período especial, porque jamais existiram tantas possibilidades e tanta liberdade nessa busca. Por conseqüência, quem souber utilizar com harmonia essa dádiva divina para atualidade, dificilmente irá se prender a qualquer religião. Isso porque não é saudável para a evolução espiritual de qualquer pessoa adotar apenas uma via de acesso a Deus.

6-)Quais as vantagens na busca pela espiritualidade no século XXI?

Nunca em toda a história da humanidade, existiu um momento tão propício para se espiritualizar e crescer consciencialmente. Liberdade, abertura, acesso, disponibilidade, tecnologia de ponta, informação em tempo real, etc. A ciência aliada a espiritualidade já dá sinais de ser a grande força evolutiva para esse século. Isso tudo utilizado com sabedoria pelo Homem se configura em um momento especial sem precedentes na história da humanidade.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

A ROUPA FAZ A DIFERENÇA

Sem maiores preocupações com o vestir, o médico conversava descontraído

com o enfermeiro e o motorista da ambulância, quando uma senhora
elegante chega e de forma ríspida, pergunta:
- Vocês sabem onde está o médico do hospital?
Com tranqüilidade o médico respondeu:
- Boa tarde, senhora! Em que posso ser útil?
E ela, ríspida, retorquiu:
- Será que o senhor é surdo? Não ouviu que estou procurando pelo médico?
Mantendo-se calmo, ele contestou:
- Boa tarde, senhora! O médico sou eu, em que posso ajudá-la?!
- Como?! O senhor?! Com essa roupa?!...
- Ah, Senhora! Desculpe-me! Pensei que a senhora estivesse procurando um
médico e não uma vestimenta...
- Oh! Desculpe doutor! Boa tarde! É que... Vestido assim, o senhor nem
parece um médico...
- Veja bem as coisas como são... - disse o médico - ... as vestes parece
não dizer muitas coisas, pois quando a vi chegando, tão bem vestida, tão
elegante, pensei que a senhora fosse sorrir educadamente para todos e
depois daria um simpaticíssimo "boa tarde!"; como se vê, as roupas nem
sempre dizem muito...
Um dos mais belos trajes da alma é a educação; sabemos que a roupa faz a
diferença, mas o que não podemos negar é que: falta de educação,
arrogância, falta de humildade, pessoas que se julgam donas do mundo e
da verdade, grosseria e outras "qualidades" derrubam qualquer
vestimenta. Basta às vezes, apenas 5 minutos de conversa para que o ouro
da vestimenta se transforme em barro. Educação é tudo! Sorria
Sempre... A vida é feita de: agir, reagir, corrigir... mas o melhor
mesmo é "sorrir". Sorria sempre! A vida é bela!
"Desta vida nada se leva... Só se deixa!!!
Então, te deixo o meu melhor:
Meu melhor sorriso, Meu maior abraço,
Minha melhor história, Minha melhor intenção,
Toda minha compreensão e do meu amor, a maior porção
Só quero ficar na memória de alguém
como outro alguém que era do bem!"

'Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível e de repente
você estará fazendo o impossível'
(São Francisco de Assis)

"Afaste-se do mal, pratique o que é bom, busque a paz e empenhe-se por
alcançá-la".
(I Pedro 3.11)

"O Destino escolhe quem cruza nossas vidas, as atitudes nos mostram
quem fica"

Alessandra R.


quarta-feira, 3 de novembro de 2010

OMISSÃO

As notícias veiculadas pelos meios de comunicação costumam impressionar negativamente.
Elas atendem a uma demanda um tanto mórbida das massas, que gostam de saber detalhes de acontecimentos funestos.
Fala-se muito em roubos, fraudes, estupros e assassinatos.
Esse contínuo bombardear de manchetes tristes pode produzir resultados bastante negativos no imaginário popular.
Talvez alguém conclua ser virtuoso, apenas porque não comete os desatinos noticiados pela mídia.
Ocorre que esse pensamento implica eleger a omissão como conduta desejável.
O panorama do mundo é dinâmico e está em constante evolução.
O progresso surge de atos humanos positivos, que são agentes de transformação.
Nesse contexto a omissão, enquanto roteiro de vida, é um escândalo.
Em um mundo em perpétuo movimento, quem não avança se atrasa.
Assim, não basta deixar de praticar o mal.
Importa primordialmente fazer o bem.
Os contextos mudam com rapidez e talvez a oportunidade de agir corretamente não se repita facilmente.
Se um amigo necessitado cruzar o seu caminho, não hesite.
Auxilie-o como pode, pois a vida é muito dinâmica.
Talvez amanhã você não mais consiga vê-lo com os olhos da própria carne.
Perante um sofredor que surge à sua frente, evite pensar em excesso antes de estender seu auxílio.
É provável que o abraço de hoje seja o início de um longo adeus.
Não adie o perdão e nem atrase a caridade.
Abençoe de imediato os que o injuriam.
Ampare sem condições os que lhe comungam a experiência terrena.
Se seus pais, velhos e enfermos, parecem um problema, supere-se e apoie-os com mais ternura.
Se seus filhos, intoxicados de ilusão, causam-lhe amargas dores, bendiga a presença deles.
Em caso de discórdia, seja o que tenta imediatamente a conciliação.
Não hesite perante o trabalho que aguarda suas mãos.
Jamais perca a divina oportunidade de estender a alegria.
Tudo o que você enxerga entre os homens, usando a visão física, é moldura passageira de almas e forças em movimento.
Faça, em cada minuto, o máximo que puder.
Qualquer que seja a dificuldade, não deserte do dever.
Talvez a oportunidade não se repita.
É possível que você esteja perante seu familiar, seu amigo ou seu companheiro de jornada pela derradeira vez.
É melhor dar o melhor de si, a fim de não ter motivos de arrependimento.
Em termos de vida imortal, não fazer o mal é muito pouco, quase nada.
O que dignifica e habilita a novas experiências é o bem que se constrói, dentro e fora de si.

Pense nisso.
Patrícia Lacerda
Redação do Momento Espírita, com base no cap. XIX do livro Justiça Divina, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb

Tempestades solares afetarão mundo em 2012

Tempestades solares afetarão mundo em 2012

SÃO PAULO – Tempestades magnéticas no sol podem danificar sistemas de comunicação e causar blecautes no mundo em 2012.

O aviso foi feito enquanto astrônomos se preparam para o lançamento do Solar Dynamics Observatory (SDO), projeto da NASA que irá monitorar de forma muito mais precisa o Sol.

“Uma nuvem solar pode literalmente engolir a Terra”, explica o professor Richard Harrison, diretor da divisão de Física Espacial do Rutherford Appleton Laboratory, umas das organizações envolvidas na missão da NASA.

A interação do campo magnético da nuvem com o do nosso planeta pode levar a fenômenos como a formação de auroras boreais, mas também causar impactos nos sistemas de navegação, distribuição de energia e controle de satélites. “Podemos ter blecautes e panes nos sistemas de comunicação”, diz Harrison.

Mas calma: não se trata de alguma análise catastrófica ou de previsões do Armageddon envolvendo o ano de 2012. Este é um fenômeno natural do Sol, que pode nos afetar a qualquer momento, mas torna-se mais provável quando atinge o pico de seu ciclo de 11 anos.

“O Sol é uma grande bola de gás, cujos campos magnéticos se embaralham. Não podemos ver na luz visível, mas em ultra violeta percebemos que sua atmosfera não é lisa: parece um espaguete”, ensina o professor.

Dessa grande massa saem nuvens carregadas de magnetismo em direção ao espaço, algumas de até um bilhão de toneladas. Elas se propagam e podem chegar à Terra, ou não. “É tudo uma questão de sorte, ou azar – e os efeitos podem ser poucos ou muitos”, explica Harrison.

Em 1859, por exemplo, um evento significativo causou problemas no sistema de telégrafos do mundo todo. “Na época, poucas pessoas conseguiram associar a pane ao Sol. Hoje em dia, temos que ter em mente que somos muito mais dependentes de sistemas que podem ser afetados do que antes”, explica Rutherford. Em 2012, o professor ressalta que a transmissão de eventos como as Olimpíadas de Londres poderá ser prejudicada.

Paula Rothman, de INFO OnlineSexta-feira, 05 de fevereiro de 2010 - 10h07

O QUE É BIOSOFIA

PSICOLOGIA TRANSPESSOAL

A Psicologia como ramo científico do saber nasceu “oficialmente” nos finais do século passado. Nesse tempo, a luta de muitos dentre os primeiros psicólogos para darem à nova disciplina um estatuto de Ciência levou-os a procurarem “assemelhá-la”, nos métodos e na maneira de pensar a realidade, às ciências naturais então prevalecentes como modelo a seguir. Dentre estas destacavam-se a Física e a Química com todos os seus critérios “positivistas”.

O homem passou a ser visto, pelos psicólogos, sobretudo como um organismo biológico que utilizava a sua inteligência para se adaptar a um meio ambiente constituído pelas sociedades humanas. A história individual de cada um de nós passou a ser vista como a história da nossa evolução e luta individual ao ajustarmo-nos à família, à escola ou, em geral, ao meio onde crescemos, desenvolvemos a nossa vida afectiva, intelectual e física.

Nasceram, neste contexto, algumas linhas principais de estudo e de trabalho prático com o ser humano que ainda hoje podem ser reconhecidas: (1) na Psicanálise, com a valorização por ela concedida aos mecanismos inconscientes e à vida afectiva precoce como fonte explicativa da problemática psicológica dos seres humanos; (2) no Comportamentalismo, com a valorização concedida ao estudo do comportamento humano em si mesmo e ao modo como ele é condicionado por acontecimentos ambientais que o antecedem ou que o condicionam ao apresentar-se como suas consequências; (3) no Cognitivismo, com a valorização dada ao papel dos processos de conhecimento (vulgarmente designados, de modo menos exacto, por processos mentais) e à influência destes na vida emocional e no comportamento humanos.
Desenvolveram-se numerosos estudos e abordagens sem que, no entanto, elas chegassem a destacar-se como linhas de força verdadeiramente diferentes das três anteriormente referidas. Entretanto, no início dos anos 60, alguns teóricos de renome, com especial destaque para nomes como Carl Rogers, Maslow, Assagioli, Aldous Huxley, Kurt Goldstein e muitos outros, consideraram que a Psicologia estava a desvalorizar o ser humano nas suas possibilidades e a estudá-lo de modo excessivamente analítico sem valorizar devidamente áreas que, embora difíceis de estudar cientificamente, tinham importância crucial para a consideração do humano. Nasceu assim o Movimento Humanista na Psicologia enfatizando o potencial humano, a autenticidade, a liberdade humana, a importância da consciência existencial, da auto-realização, da criatividade, da auto-transcendência. O Movimento Humanista veio a ser designado, pelos seus mentores, como a “4a Força” na Psicologia.

Complementaridade de conhecimentos
A Psicologia Transpessoal apresenta-se, hoje, como um dos campos da Psicologia que estão em pleno desenvolvimento apontando para uma concepção do ser humano que, por não o reduzir a um organismo biológico condicionado e determinado pela sua própria biologia e meio ambiente, o recoloca na posição de ser livre e dono de possibilidades insuspeitas. No entanto ela não contradiz, antes pretende complementar as aquisições da Psicologia em geral - que são preciosas. O que esta corrente recente pretende, isso sim, é ampliar a nossa noção de ser humano para nela incluirmos faixas de experiência e vivência que podem contribuir poderosamente para dar mais sentido à nossa existência - que está hoje tão “ameaçada” pelo absurdo ligado ao consumismo desenfreado e à visão mecanista. E - sabe-se isso muito bem como dado de investigação rigorosa - os homens que sentem que as suas vidas têm sentido costumam possuir melhor saúde mental e viver uma existência mais alegre… Talvez seja também por isso que uma recente declaração da UNESCO (Declaração de Veneza, 7 de Março de 1986) tenha afirmado que: “O conhecimento científico, em razão do seu próprio movimento interno, atingiu os limites nos quais pode iniciar um diálogo com outras formas de conhecimento. Nesse sentido, e sempre reconhecendo as diferenças fundamentais entre a ciência e a tradição, consta-tamos não mais a sua oposição, porém a sua complementaridade”.
Afinal a Psicologia Transpessoal tem promovido este diálogo e tem extraído dele frutos importantes na direcção da visão do homem como ser biológico, social, cultural mas também emocional, intelectual e espiritual. Talvez essa visão seja mais optimista e mais susceptível de contribuir para uma melhoria das condições de vida humana, mas também mais alicerçada num conhecimento pleno e mais exacto do homem, do que a noção de que somos todos animais inteligentes em competição uns com os outros pela sobrevivência social. Se assim for, o optimismo poderá juntar-se ao rigor científico para nos auxiliar a construir outro estado de coisas no mundo. Afinal como mudar a sociedade sem mudar o homem e como mudar o homem sem lhe dar os instrumentos de se modificar a si mesmo?

Vítor José F. Rodrigues
Licenciado em Psicologia; Assistente na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação, da Universidade Clássica de Lisboa; Autor de “Teoria Geral sobre a estupidez humana” .

BIOSOFIA

Helena P Blavatsky Petrovna Blavatsky é uma pérola de Luz; um motivo de orgulho para a Humanidade e, em particular, para aqueles que (como eu) defendem e se esforçam por fundamentar e dignificar ideias semelhantes. Temos para nós que é impossível que alguém, dotado de conhecimento, de educação e de respeito, pretenda trabalhar no campo do Esoterismo, sem prestar o seu tributo de gratidão e de a homenagear pelo seu espírito pioneiro, pela sua indómita coragem, pelo seu sacrifício titânico, pela sua sabedoria invulgar. Helena Petrovna Hahn (o nome Blavatsky adveio-lhe de um matrimónio que, celebrou aos 17 anos) nasceu a 31 de Julho de 1831, em Ekaterinoslav, no Sul da Rússia. Oriunda de uma familia nobre, era neta da princesa Elena Dolgorouki; terminou, no entanto os seus dias em precária situação financeira, devido, não só às grandes somas que canalizou para a obra teosófica, bem como à sua vida peregrina e aventureira. Viajou um pouco por todo o mundo, procurando experiências, conhecimentos e contactos que se vieram a revelar preciosos e indispensáveis para a grandiosa tarefa a que se dedicou Partiu deste mundo (físico) no dia 8 de Maio de 1891, em Londres, de modo sereno e lucido. “Fédon” - Platão "Tal foi o fim da mulher de quem podemos dizer que foi a melhor e a mais sábia, não apenas da sua geração mas, provavelmente, de muitas e muitas". A Sociedade Teosófica Em 1875, juntamente com Henry Steel Olcott, prestigiado coronel americano e com um pequeno grupo, formou a Sociedade Teosófica, cuja sede foi inicialmente em Nova Iorque mas que, pouco depois, se transferiu para a Índia, onde ainda hoje se mantém. A Sociedade tem, actualmente, secções nacionais em 47 países - entre os quais, desde 1921, Portugal - e os seguintes objectivos: 1) Formar um núcleo de Fraternidade Universal da Humanidade, sem distinção de raças, crenças, sexo, casta ou cor. 2) Promover o estudo comparativo das Religiões, Filosofias e Ciências. 3) Investigar as leis inexplicadas da Natureza e os poderes latentes no homem. A Sociedade Teosófica (ST) adotou como lema: satyât nâsti paro dharmah. Esta frase sânscrita pode, ser traduzida por "Não há religião superior à (da) Verdade"; No entanto a palavra Dharma tem outros significados possíveis além de "religião", tais como os de "dever", "lei", "virtude", "prática” os quais nos devem fazer meditar... O LEÃO QUE RUGE É inquestionável que maravilhosas sementes foram lançadas oralmente por Helena Blavatsky, pois muitos são os testemunhos sobre as suas brilhantes conversações acerca dos mais profundos temas filosóficos, científicos e religiosos; contudo, para a Humanidade, fica principalmente o registo da sua obra literária. Para além de inúmeros artigos e escritos avulsos (que se foram reunindo em colectâneas, das quais se destaca "Five Years of Theosophy", "A Modern Panarion" e "H. P. Blavatsky Collected Writings"), sete livros saíram das suas mãos : "Ísis sem Véu", "A Doutrina Secreta", "A Voz do Silêncio", "A Chave da Teosofia", "Glossário Teosófico" (que inclui verbetes de outros autores posteriormente acoplados), "No País das Montanhas Azuis" e "Por Grutas e Selvas do Indostão". Os primeiros cinco podem, corretamente, ser considerados obras-primas da espiritualidade. É no entanto necessário reconhecer o interesse e a grandiosidade de "Ísis sem Véu" ( 4 extensos volumes); Admitir no nosso coração a jóia maravilhosa que é "A Voz do Silêncio"; Observar a importância elucidativa de "A Chave da Teosofia"; A utilidade e magnitude do "Glossário Teosófico", embora em tudo isto, nada se possa comparar com magnificência de "A Doutrina Secreta". Pois não podemos conceber livro de maior expansão, de maior fulgor, e de maior universalidade e fascínio

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

ANIVERSÁRIO DE 1 ANO DE FALECIMENTO DO MESTRE

À

ACÁCIO BORSOI

Hoje com a massificação das faculdades de arquitetura pelo País, temos logicamente um crescimento proporcional de arquitetos no mercado de trabalho. E é uma pena que poucos se encaminham na direção de uma produção de arquitetura de qualidade e ética com respeito aos “cânones” da “Arte real”. Acácio Borsoi buscava. Buscava sempre se renovar a cada projeto. Incansável na busca de soluções que simplificassem o objeto arquitetônico resultante. Ele sentado em sua mesa no escritório do Recife. Exercendo o nobre oficio, a sua mente parecia estar em um eterno borbulhar de idéias. Que resultavam em traços vigorosos para uma arquitetura renovadora. O seu trabalho não era resultado de um sentimentalismo simplista. Mas de um vigor baseado no conhecimento e na manipulação do abstrato que se tornava concreto.

Foi-se ele para a outra dimensão. Para quem sabe continuar a desenvolver suas idéias criando a arquitetura quadridimensional. E de lá, observar com amor as suas crias: filhos e alunos e aqueles que tiveram o prazer de conviver com esse verdadeiro ser humano feito arquiteto.

Esteja na paz, Acácio Borsoi.


Luiz de Assis


PUBLICADO NO BLOG GATE4 de São Paulo

30 de outubro de 2010

http://migre.me/1Tw9t



moral e ética

A confusão que acontece entre as palavras Moral e Ética existem há muitos séculos. A própria etimologia destes termos gera confusão, sendo que Ética vem do grego “ethos” que significa modo de ser, e Moral tem sua origem no latim, que vem de “mores”, significando costumes.

Esta confusão pode ser resolvida com o esclarecimento dos dois temas, sendo que Moral é um conjunto de normas que regulam o comportamento do homem em sociedade, e estas normas são adquiridas pela educação, pela tradição e pelo cotidiano. Durkheim explicava Moral como a “ciência dos costumes”, sendo algo anterior a própria sociedade. A Moral tem caráter obrigatório.

Já a palavra Ética, Motta (1984) defini como um “conjunto de valores que orientam o comportamento do homem em relação aos outros homens na sociedade em que vive, garantindo, outrossim, o bem-estar social”, ou seja, Ética é a forma que o homem deve se comportar no seu meio social.

A Moral sempre existiu, pois todo ser humano possui a consciência Moral que o leva a distinguir o bem do mal no contexto em que vive. Surgindo realmente quando o homem passou a fazer parte de agrupamentos, isto é, surgiu nas sociedades primitivas, nas primeiras tribos. A Ética teria surgido com Sócrates, pois se exigi maior grau de cultura. Ela investiga e explica as normas morais, pois leva o homem a agir não só por tradição, educação ou hábito, mas principalmente por convicção e inteligência. Vásquez (1998) aponta que a Ética é teórica e reflexiva, enquanto a Moral é eminentemente prática. Uma completa a outra, havendo um inter-relacionamento entre ambas, pois na ação humana, o conhecer e o agir são indissociáveis.

Em nome da amizade, deve-se guardar silêncio diante do ato de um traidor? Em situações como esta, os indivíduos se deparam com a necessidade de organizar o seu comportamento por normas que se julgam mais apropriadas ou mais dignas de ser cumpridas. Tais normas são aceitas como obrigatórias, e desta forma, as pessoas compreendem que têm o dever de agir desta ou daquela maneira. Porém o comportamento é o resultado de normas já estabelecidas, não sendo, então, uma decisão natural, pois todo comportamento sofrerá um julgamento. E a diferença prática entre Moral e Ética é que esta é o juiz das morais, assim Ética é uma espécie de legislação do comportamento Moral das pessoas. Mas a função fundamental é a mesma de toda teoria: explorar, esclarecer ou investigar uma determinada realidade.

A Moral, afinal, não é somente um ato individual, pois as pessoas são, por natureza, seres sociais, assim percebe-se que a Moral também é um empreendimento social. E esses atos morais, quando realizados por livre participação da pessoa, são aceitas, voluntariamente.

Pois assim determina Vasquez (1998) ao citar Moral como um “sistema de normas, princípios e valores, segundo o qual são regulamentadas as relações mútuas entre os indivíduos ou entre estes e a comunidade, de tal maneira que estas normas, dotadas de um caráter histórico e social, sejam acatadas livres e conscientemente, por uma convicção íntima, e não de uma maneira mecânica, externa ou impessoal”.

Enfim, Ética e Moral são os maiores valores do homem livre. Ambos significam "respeitar e venerar a vida". O homem, com seu livre arbítrio, vai formando seu meio ambiente ou o destruindo, ou ele apóia a natureza e suas criaturas ou ele subjuga tudo que pode dominar, e assim ele mesmo se torna no bem ou no mal deste planeta. Deste modo, Ética e a Moral se formam numa mesma realidade.

História, origem e crenças das principais religiões

Desde os primórdios, os homens acreditavam que os fenômenos naturais, como por exemplo, as trevas, o calor, o frio, a vida e a morte, eram controlados por deuses e espíritos.

Segundo suas crenças, esses espíritos eram capazes de habitar as rochas, as árvores ou os rios, sendo que cada um deles possuía uma função diferente do outro. Os crédulos acreditavam receber sua benevolência por meio de oferendas, como: canções, danças, sacrifícios e magia.

Ao analisarmos a história das civilizações antigas, como as do Egito, China, Grécia e Roma, percebemos que estas eram politeístas, ou seja, possuíam vários deuses, que, em sua grande maioria, eram temidos por seus adoradores, que sempre se esforçavam para não os ofender ou irritar.

Sacerdotes, especialmente treinados para interpretar a vontade divina, ensinavam ao povo como viver conforme a vontade dos deuses e também como homenageá-los. Esta atividade permitia que os sacerdotes obtivessem um grande poder.

Grande parte das religiões acredita numa existência após a morte, onde os bons são recompensados e os maus punidos. Este é o motivo que fazia com que os egípcios embalsamassem os corpos dos faraós.

Já nos funerais do homem primitivo, assim como os de chefes de tribos escandinavas, existia a demonstração de crença numa outra existência.

A idéia de uma força superior às demais, como o deus Sol, a deusa Lua, Zeus ou Odin, formou uma fé comum a muitos povos; contudo, foram os hebreus (e depois os judeus) que introduziram a crença num único Ser Supremo (Jeová), criador de todo o Universo.

Posteriormente surgiu o Cristianismo, onde a partir dos ensinamentos de Jesus Cristo, Filho de Deus, conforme se encontra escrito no Novo Testamento, o homem conhece o evangelho. A religião cristã baseia-se no amor ao próximo.

As religiões orientais são em grande parte bem antigas e seguidas por inúmeros povos, entretanto, uma mesma religião toma rumos diferentes de acordo com o país e costumes de seus fiéis.

Voce sabia?

- Comemoramos em 7 de janeiro o Dia da Liberdade de Culto. Em 21 de janeiro comemora-se o Dia Mundial da Religião.

domingo, 31 de outubro de 2010

ÉTICA

Ressaltemos desde o início: a ética é uma questão absolutamente humana! Só se pode falar em ética quando se fala em humano, porque a ética tem um pressuposto: a possibilidade de escolha. A ética pressupõe a possibilidade de decisão, ética pressupõe a possibilidade de opção.

É impossível falar em ética sem falar em liberdade. Quem não é livre não pode, evidentemente, ser julgado do ponto de vista da ética. Outros animais, ao menos nos parâmetros que utilizamos, agem de forma instintiva, não deliberada, sem uma consciência intencional. Cuidado. Há quem diga: “Eu queria ser livre como um pássaro”; lamento profundamente, pois pássaros não são livres, pássaros não podem não voar, pássaros não podem escolher para onde voam, pássaros são pássaros. Se você quiser ser livre, você tem de ser livre como um humano. Pensemos em algo que pode parecer extremamente horroroso: como disse Jean-Paul Sartre, nós somos condenados a ser livres.

Mário Sergio Cortella

ESPIRITUALIDADE

Como falar de espiritualidade? Talvez começando pelo radical da palavra - espírito.

......Espírito, segundo definição do Dicionário Aurélio, é a parte imaterial do ser humano, a alma.

......E alma? Qual a definição para alma?

......Ainda, utilizando o Dicionário Aurélio, temos:

......Princípio de vida. Entidade a que se atribuem, por necessidade de um princípio de unificação, as características essenciais à vida e ao pensamento. Princípio espiritual do homem concebido como separável do corpo e imortal. O conjunto das funções psíquicas e dos estados de consciência do ser humano que lhe determina o comportamento, embora não tenha realidade física ou material; espírito. Sede dos afetos, dos sentimentos, das paixões. Sentimento, generosidade, coração. Condição primacial. Essência.

......Grosseiramente, podemos dizer então, que espiritualidade é a atividade através da qual trabalhamos ou desenvolvemos o nosso espírito, a nossa alma.

......As pessoas criaram inúmeras formas de trabalhar o espírito. Existem hoje incontáveis religiões, crenças, seitas, filosofias, magias, sociedades secretas, organizações e até ciências que tratam do espírito.

......O esoterismo, por exemplo, é uma das atividades mais populares no momento e, mais do que uma atividade, ele é um grupo de atividades que vão da cartomancia até astrologia, passando pelos anjos, vidência e muito mais.

......Dentre as religiões, os crentes têm conquistado cada vez mais adeptos e espaços nos meios de comunicação.

Enfim, há lugar para todos. Basta escolher.

......Talvez, seja necessário conhecer. Essa é a nossa proposta. Aos poucos vamos divulgar aqui as formas de trabalhar nosso espírito - religiões, crenças, filosofias etc.