sexta-feira, 3 de junho de 2011

A ambígua solidão (Mário Sergio Cortella)


Nunca, em toda a história, tivemos tantas concentrações urbanas com a inacreditável densidade populacional como as que temos atualmente; esses exorbitantes adensamentos humanos vêm perdendo, pouco a pouco, os contornos de uma comunidade e transformando-se em meros agrupamentos. Assim, em inúmeras regiões - não importando o tamanho da cidade, e sim, a ruptura social - estamos muito próximos do limite da suportabilidade, dentro de uma forçada convivência, com contínuos confrontos de complexas e difusas necessidades, carências e ganâncias.

Mario Sergio CortellaHá uma imensa diferença entre agrupamento e comunidade; esta pressupõe partilha de interesses e cuidado protetor mútuo, enquanto aquele se resume a uma simples agregação de pessoas com raros objetivos coletivos comuns, pontuado por sinais de uma filantropia que, no mais das vezes, por ser calculista e interesseira, beira o cinismo utilitarista. No entanto, mesmo em meio à multidão (e o sabemos por experiência própria ou relatada) é possível sentir-se sozinho; conhecemos, por nós ou pelos outros, a condição de viver em cidades com milhares e milhares de outras pessoas e, ainda assim, experimentar e desejar a solidão.
De uma certa maneira, essa realidade angustiante (estar só, entre muitos; participar com outros da aglomeração de adversários) nega uma das mais fortes convicções do filósofo francês Gabriel Marcel que, em meados do século 20, acreditava que “a solidão é essencial à fraternidade”. Parece que nos nossos tempos ela, a solidão, voluntária ou involuntária, serve mais como refúgio ou abandono do que, de fato, como momento reflexivo. Olhando as nossas inclementes metrópoles, é provável, até, que outro francês, o escritor Drieu La Rochelle (que solitariamente suicidou-se em 1945, após a derrota dos nazistas, com quem tardiamente colaborara), estivesse certo ao dizer que “a cidade não é a solidão, porque a cidade aniquila tudo quanto povoa a solidão. A cidade é o vazio”.
Esse melancólico pensamento encarna-se em parte da inquietante e ainda atual obra do inglês Aldous Huxley (com quem um La Rochelle pré-fascista tivera ligação no começo do Surrealismo); no Admirável Mundo Novo, um mundo pleno de vazios, Huxley afirma que “se somos diferentes, é fatal que estejamos sós”. Quem se importa?, bradariam muitos. Afinal, como lembrou seu quase contemporâneo, o irlandês Oscar Wilde, “as tragédias alheias são sempre de uma banalidade desesperante”.
O fabulista Jean de la Fontaine afirmava que “bem melhor sozinho do que com tolos”; já o pensador Paul Valéry dizia que “um homem sozinho está sempre em má companhia”. Quem está com a razão? O ‘‘antes só do que mal acompanhado’’ parece triunfar sobre “o nenhum homem é uma ilha”; a base para a derrota da sociabilidade autoprotetora está em partir da constatação de que, conformando-nos em viver em agrupamentos e não em comunidades, continuamente se está mal-acompanhado. Então, vamos ao cada um por si (e qual Deus por todos?) e, claro, retornando ao parentesco original, cada macaco no seu galho.
É por isso que os termos “solidão” e “solidariedade” são assemelhados apenas na aparência, jamais no conteúdo; solidariedade vem de ‘‘solidez’’, daquilo que consolida e dá firmeza à vida coletiva, enquanto que solidão está atada à idéia de ser e ou estar “por si mesmo”, em puro isolamento. A quebra do ideal da fraternidade nos incomoda e entristece, mas não tem conduzido muitos ao enfrentamento decidido e solidário.
Gustave Flaubert nos acautelou: “Cuidado com a tristeza. Ela é um vício”. Seria também assim a solidão isolante e narcísica?


Leopardo curte um close e chega pertinho de fotógrafo durante safári

        
Leopardo salta em jipe e assusta fotógrafo
O fotógrafo russo Sergey Ivanov estava preparando sua máquina fotográfica para tirar belas fotos durante um safári na Namíbia, perto da fronteira com Botsuana, do alto do seu jipe. De repente, uma fêmea de leopardo saltou sobre o veículo para ficar cara a cara, ou melhor, cara a focinho com Ivanov. O russo encarou o felino e se apavorou [veja ao lado, a foto não mente].
Leopardo salta em jipe e assusta fotógrafo
Leopardo salta em jipe e assusta fotógrafo
Em outro jipe, seu amigo Sergey Kotelnikov, que também participava do safári, registrou o encontro assustador. Por sorte, o animal não estava interessado em experimentar um novo prato para variar o seu cardápio. Ele simplesmente sentou diante de Ivanov. Na opinião do Editor do UOL Tabloide, o grande bichano estava fazendo pose para uma bela foto em close.
Já o amigo de Ivanov por pouco não ficou com fama de "amigo da onça" por trocar a ameaça à vida do fotógrafo por uns cliques a mais.
* Com informações e imagem do Daily Mail

Pancadaria entre passageiros por causa de assento reclinado obriga avião a pousar


Um voo da United Airlines foi obrigado a fazer um pouso de emergência por causa de uma briga entre dois passageiros devido a um assento reclinado, no último domingo (29). O avião, um Boeing 767 que fazia o trajeto entre Washington (EUA) e Acra, em Gana, ainda foi escoltado por dois caças F-16 por causa do incidente.


Segundo  o jornal "The Washington Post", o incidente começou logo no início do voo, que partiu às 22h44 (horário local) do aeroporto Dulles, em Washington, quando um passageiro reclinou seu assento e o passageiro que estava atrás dele reclamou.

O passageiro da frente teria "reclinado demais" o seu assento. Como a viagem deveria durar cerca de 11 horas, o passageiro do banco de trás se sentiu incomodado com a possibilidade de ter a cabeça da pessoa à sua frente em seu colo e teria dado um soco. Isso deu incio a uma troca de socos entre os passageiros.

Não há informações de qual área do avião os passageiros estavam sentados. O avião tinha 114 pessoas a bordo.

Um comissário de bordo e um passageiro tentaram conter a briga. O piloto do avião decidiu retornar ao aeroporto, apesar de não ter ideia da extensão do problema, segundo um porta-voz da United Airlines.

Logo que o avião decidiu retornar, a torre de comando ordenou que ele sobrevoasse por 25 minutos, escoltados por dois caças F-16, para queimar combustível.

Desde os atentados de 11 de setembro de 2001, caças das Forças Aéreas dos EUA ficam de prontidão para escoltar aviões de passageiros em casos de potenciais ameaças terroristas.
* Com informações do Daily Mail

Ratos voadores


Ratos forçam cancelamento de voo na Austrália

Do UOL Notícias
Em São Paulo

  • Boeing 767 da Qantas decola em Sydney, na Austrália
    Boeing 767 da Qantas decola em Sydney, na Austrália
A companhia aérea Qantas está investigando como cinco ratos conseguiram entrar a bordo de um voo que sairia de Sydney, na Austrália, na última terça-feira (31). O caso só foi revelado ao público nesta sexta-feira (3).
Segundo o canal de TV "Sky News", comissários de bordo encontraram os ratos apenas dez minutos antes da decolagem do Boeing 767, que iria para Brisbane, forçando o cancelamento do voo.
Uma porta-voz da companhia informou que os roedores, que estavam no compartimento de carga da aeronave, ainda eram filhotes.
Engenheiros fizeram uma vistoria no avião e afirmaram que os ratos não danificaram o fiação da aeronave, que deve voltar ao serviço ainda nesta semana.

Réplica em tamanho real da Arca de Noé pode navegar com animais de verdade até o rio Tâmisa, em Londres, para os Jogos de 2012


Do UOL Tabloide

  • A arca, construída pelo holandês Johan Huibers, pode atracar no rio Tâmisa em 2012
    A arca, construída pelo holandês Johan Huibers, pode atracar no rio Tâmisa em 2012

Quero ser Noé

  • Vincent Jannink/EFE
    O holandês Johan Huibers, que idealizou e construiu a Arca
Uma réplica moderna da Arca de Noé finalmente foi concluída e pretende fazer sua viagem inaugural em 2012 até o rio Tâmisa, a tempo de prestigiar os Jogos Olímpicos de Londres, no Reino Unido.
O dono dessa ideia digna de roteiro de filme, o rico construtor Johan Huibers, ainda vai pintar o colossal navio com três demãos de verniz à prova de fogo - medida de segurança que Noé não tomou quando construiu o original. Atualmente a Arca flutua sobre um rio em Dordrecht, na Holanda
"Em 1992 eu vi num sonho a Holanda desaparecer debaixo de uma enorme massa de água, comparada com o tsunami da Ásia. No dia seguinte encontrei um livro sobre a Arca de Noé na livraria local, e desde então meu sonho tem sido construir a Arca", contou Johan ao Daily Mail Reporter.
Ele iniciou a construção em 2008 com um projeto baseado nas medidas descritas na Bíblia. Até utilizou madeira de pinho sueco, já que algumas versões da Bíblia apontam que esse foi o material que Deus ordenou que Noé usasse na construção.
Quando for aberta formalmente à visitação do público, em julho, terá animais de verdade e irá narrar a história de Noé, como é contada na Bíblia. Dois auditórios vão receber um total de 1.500 pessoas.
Huibers enviou esta semana uma carta ao prefeito de Londres, Boris Johnson, solicitando permissão para atracar a Arca na cidade para os Jogos Olímpicos no próximo verão. "Estou indo com a Arca até o Tâmisa. Vai ser bom para alunos britânicos para visitá-lo", disse.

terça-feira, 31 de maio de 2011

OBSERVE


Por vezes, você caminha pela vida com o olhar voltado para o chão, pensamento em desalinho, como quem perdeu o contato com sua origem divina.
Olha, mas não vê... Escuta, mas não ouve. Toca, mas não sente...
Perdido na névoa densa que envolve os próprios passos, não percebe que o dia o saúda e convida a seguir com alegria, com disposição, com olhar voltado para o horizonte infinito, que lhe acena com o perfume da esperança.
Considere que seu caminhar não é solitário e suas dores e angústias não passam despercebidas diante dos olhos atentos do Criador, que lhe concede a dádiva de viver.
Sua vida na terra tem um propósito único, um plano de felicidade elaborado especialmente para você. Por isso, não deixe que as nuvens das ilusões e de revoltas infundadas contra as leis da vida, tornem seu caminhar denso e lhe toldem a visão do que é belo e nobre.
Siga adiante refletindo na oportunidade milagrosa que é o seu viver.
Inspire profundamente e medite na alegria de estar vivo, coração pulsante, sangue correndo pelas veias, e você, vivo, atuante, compartilhando deste momento do mundo, único, exclusivo. E você faz parte dele.
Sinta quão delicioso é o aroma do amanhecer, o cheiro da grama, da terra após a chuva, do calor do sol sobre a sua cabeça, ou da chuva a rolar sobre sua face.
Sinta o imenso prazer de estar vivo, de respirar. Respire forte e intensamente, oxigenando as idéias, o corpo, a alma. Sinta o gosto pela vida.
Detenha-se a apreciar as pequeninas coisas que dão sentido à vida.
Aquela flor miúda que, em meio à urze sobrevive linda, perfumosa, a brilhar como se fosse grande.
Sinta-se vivo ao apreciar o vôo da borboleta ou do pássaro à sua frente.
Escute os barulhos da natureza, a água a escorrer no riacho, ou simplesmente aprecie o céu, com suas nuvens a formar desenhos engraçados fazendo e desfazendo-se sobre seus olhos. Quão maravilhosa é a vida!
Mas, se o céu estiver escuro e você não puder olhá-lo, detenha-se no micro universo, olhe o chão. Quanta vida há no chão...
Minúsculos seres caminhando na terra, na grama... A formiga na sua luta diária pela sobrevivência... A aranha, a tecer sua teia caprichosamente, e tantas coisas para ver, ouvir, sentir, cheirar, para fazer você sentir-se vivo.
Observar a natureza é pequeno exercício diário que fará você relaxar, esquecer por instantes as provas, ora rudes, ora amenas, que a vida nos impõe.
Somos caminhantes da estrada, somando, a cada dia, virtudes às nossas vidas ainda medíocres, mas que se tornarão luminosas e brilhantes.
Aprenda a dar valor à dádiva da vida. Isso fará o seu dia se tornar mais leve e, em silêncio, sem palavras, sem pensamentos de revolta, você terá tido um momento de louvor a Deus.
Aprenda a silenciar o íntimo agitado e a beneficiar-se das belezas do mundo que Deus lhe oferece.
A sabedoria hindu aprecia, na natureza, o que Deus desejou para ela: que fosse aliada do homem no seu progresso, oferecendo o alimento, dando-lhe os meios de defender-se das intempéries.
E, sobretudo, sendo o seu colírio diário suavizando as aflições da vida.

SEMPRE A PRIMAVERA, NUNCA AS MESMAS FLORES (máxima oriental)






SEMPRE A PRIMAVERA, NUNCA AS MESMAS FLORES (máxima oriental)

Chega de sono e terra seca.Chega de folhas caindo de marrons,da paisagem monótona e quase abandonada.

É hora de vermelhos, azuis,violetas e amarelos.
No jardim e na própria vida a nova estação tudo permite.
Comece olhando a sua volta.Não com o olhar de sempre,mas com aquele de primeira vez. Aquele olhar que realmente vê,analisa e tira conclusões.
E então confira se você viveu a plenitude da estação que termina,se você se cuidou e aproveitou o encanto dos dias frios,ou se você se abandonou,se escondeu de tudo.
Aproveite o milagre da chuva das brotas.Aquela que vem mudando tudo, encharcando a terra, molhando as almas ,despertando as cores adormecidas,anunciando que em breve tudo será diferente.
Escolha então sua nova cor.E, como toda pessoa prudente e de bom senso mostre um pouco de ousadia.Não fique preso ao que existe,não se conforme com as coisas como elas são.
Imagine não só como elas poderiam ser,mas principalmente como você gostaria que elas ficassem.
Combine no jardim e em você com ciência e arte todas as cores.Recuse-se a ficar solitário,misture o vermelho paixão,o azul raciocínio, a paz do branco com ainspiração do amarelo.
Recorra à experiência. Retire as ervas daninhas,regue suas relações.
Mas seja reservado.Quem diz o que vai fazer, quase sempre nada faz.
Guarde seus segredos,esconda seus planos.Deixe que seu jardim e seus atos falem por você,que revelem a quem souber ver o que brota de sua alma.

Só assim esta primavera que começa será inesquecível e estará marcada uma nova estação em sua vida.