sábado, 1 de setembro de 2012

A fragilidade dos laços humanos


Amor Líquido Blog EuGordinha

A fragilidade dos laços humanos, escoante de vertentes cada vez mais questionáveis.

Porque acabam os relacionamentos? Donde o até que a morte os separe e a indissolubilidade dos laços fraternos e emocionais?

Eis a questão...

Quero falar de amor, ou melhor, sobre o amor; do amor-sentimento e do amor mercantilista que agrega várias facetas a essa palavra tão em moda: amor.

A grande realidade é que banalizaram tanto o amor, ou tentaram racionalizar o amor a ponto de dar-lhe parâmetros do que é um amor verdadeiro. Haja explicações para essa questão!

A cada um que se pergunte o que é o verdadeiro amor, uma resposta, porém, todos com o sentimento idealizado e rotulado, obedecendo um padrão “de qualidade”.

A mim, basta saber que amor que se explica é amor que não se sente.

Desde que o “até que a morte os separe” caiu em desuso ( neste tocante: graças a Deus, pois pessoas que mal se suportavam viviam vidas inteiras de tolerância e aparência. Muitas vezes a morte do amor já os tinha separado há décadas).

Mas, voltando ao tópico, desde que o até que a morte os separe saiu de moda, das novelas e folhetins, a palavra amor virou um substantivo bem flexível que vai desde uma noite de prazeres carnais quanto a uma vida inteira ao lado do outro, com dedicação e harmonia.

Sabedores que cada ser é singular, percebemos que a pluralidade acaba gerando uma falsa sensação de amor.

O desencontro de uma lógica plausível torna o preenchimento da lacuna da compreensão quase que humanamente impossível, pois é quase uma matemática ininteligível, já que num relacionamento cada um é uma equação ( quase incógnita, levando-se em conta que levamos mais de uma vida para aprender o conhece-te a ti mesmo, mas, temos a pretensão de conhecer o outro mais que a nós mesmos. Para se construir um relacionamento é necessário dois seres, mas para finaliza-lo basta apenas a vontade de um deles.

Hoje vejo a palavra amor dizendo menos do que está contida em seu contexto. Já não há a maturação do desejo, a surpresa do encontro, alma com alma quando se materializa o abraço. Então quando o desejo é saciado, nestes relacionamentos onde se banalizou o amor, resta o gosto amargo de “tentar de novo”, com outro parceiro, outro amor, outro engodo.

Muitos relacionamentos hoje em dia, feitos de superficialidade ( tanto amores como amizades ou parentesco) enfraquecem a coragem do olho no olho e coração com coração.

Os valores foram invertidos pela conveniência de situações, e posições sócio-emocionais e isso traz uma liquidez sentimental, ou literalmente: o amor escorre entre os dedos.


A solidariedade humana está em baixa cotação no mercado amoroso, pois existem “N” meios para se levar alguém a faturar milhões vendendo a ilusão da conquista fácil, numa caixa bonita e grande laço de fita com o rótulo de amor. E ouve-se falar de amor de uma forma vazia, irresponsável e impiedosa; um brinquedo, um joguete sabiamente usado pelos vilões ( e vilãs) que ao solfejar a tão sublime palavra amor, o conspurcam e desonram. Amizades terminam desastradamente, casamentos se consomem num abrir e fechar de olhos, famílias se desfazem, numa guerra em nome do “amor”(próprio).


Se voce que me lê agora está racionalizando e analisando o texto, e até se perguntando qual o propósito dele, eu lhe direi:

Não, meus amigos, não tive uma decepção amorosa, nem de amizade e nem de parentesco, apenas suscito a reflexão sobre a forma como amamos e qual o verdadeiro sentido da palavra amor em nossas vidas.

Levanto a bandeira: AME, SE SENTIR AMOR.

E, se o sentir, que seja infinito.Não enquanto dure, mas infinito a ponto de levar esse amor de alma a todas as vidas posteriores a esta. Vamos ressuscitar o amor-sentimento, o amor-compaixão, o amor-verdade, o amor que transforma vidas ( nossas e outras), o amor que transcende.

AME, MAS SÓ SE SENTIR AMOR. Do contrário será somente uma falácia para ouvidos moucos e corações mornos.

E para finalizar: se voce perdeu um grande amor (namorado, amigo ou parente) agradeça, não era amor nem tampouco grande.

Cira Munhoz

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

BOMBA DA SEGUNDA GUERRA É ENCONTRADA E DETONADA EM MUNIQUE

Alemães acham bomba da 2ª Guerra e tiram 2,5 mil de casa em Munique

Bomba foi localizada em área em construção. Detonador continua ativo, segundo bombeiros.

fotografia do momento da explosão

A descoberta de uma bomba da Segunda Guerra Mundial, com peso de 250 kg, forçou a retirada na madrugada desta terça-feira (28) de 2.500 pessoas na cidade alemã de Munique até sua desativação. A bomba foi localizada durante uma construção no bairro de Schwabing, onde a polícia e os bombeiros retiraram todos os habitantes em um raio de 300 metros."A bomba poderia explodir a qualquer momento", disse um porta-voz dos bombeiros, antes de explicar que o detonador se encontra ativo apesar de a guerra ter terminado há quase 70 anos.



O porta-voz acrescentou que uma eventual detonação destruiria o edifício junto ao local da descoberta e danificaria consideravelmente outras construções próximas.

Os equipes antibombas cobriram parte do explosivo com palha e areia para reduzir os efeitos de uma possível detonação e tentarão desativá-lo ao longo do dia. Mais de 100 bombeiros e outras forças de resgate estão nas cercanias do local da descoberta, enquanto foram fechadas preventivamente uma estação do metrô e a Leopoldstrasse, uma das ruas mais movimentadas de Munique.

Fonte: EFE + G1

terça-feira, 28 de agosto de 2012

A COMERCIALIZAÇÃO DE DEUS

A COMERCIALIZAÇÃO DE DEUS

Por insistência de um amigo, fui a uma Igreja, ou Templo, ou Regional, ou casa de orações, ou nave, ou lugar sagrado, enfim tanto nome, para falar sobre a mesma coisa - DEUS, cada um querendo "vender" a seu bel prazer, sempre prometendo (o que não tem, naturalmente, segurança, saúde, felicidade, sucesso, paz, tranquilidade e claro - a cura das doenças...). Estava o orador, falando, falando e falando...e chamou-me atenção sua veemência e excelente oratória indutiva, quando falava sobre o "cartão de bençãos" que consistia em síntese: o fiel inscreve-se, e efetua o pagamento mensalmente, de certo valor, e tem garantido amparo, segurança e a corrente de orações em toda irmandade (no Brasil e fora dele), por 30 dias consecutivos. Aquele que não manter a regularidade nos pagamentos por este ou aquele motivo, fica sem a proteção de DEUS, naquele período de inadimplência... Fiquei a pensar e me perguntei: será mesmo que DEUS faz esta distinção? Fui buscar na história alguma explicação.
Há muitos séculos tudo era explicado através de Deus. Há alguns poucos séculos a garantia da unidade da lei moral e natural deixou de ser Deus e passou a ser a razão humana (o novo deus). Houve uma troca de deuses. A hegemonia da razão propiciou a proliferação das grandes ideologias desenvolvidas a partir do século XIX: psicanálise, marxismo, comunismo, fascismo, nazismo, capitalismo, etc.
Para esses agitados teóricos da época, o homem não precisava observar, pois bastava pensar e especular, naturalmente do nada. Usando sua razão pura o homem poderia descobrir as regras de conduta e da organização da sociedade em harmonia com as leis da natureza. Era tudo muito fácil, bastava usar uma razão inteligente sadia. Mas o que é isso?
A ideia ainda persiste na mente de muitos homens, isto é, esses acreditam que é possível adquirir um conhecimento através de revelações, magias, macumbas e espiritismo, ou seja, sem uso do sistema sensorial, sem a realização de nenhum teste empírico. A elite (a pernóstica inteligência antiga e atual) não tolerava e ainda não suporta imaginar o homem como possuidor, também, de uma vida animalesca. Para esses profundos pensadores, a vida animal se assenta bem nos escravos, serventes de pedreiro, lavradores e nos chamados “homens inferiores”, mas jamais neles. Os sábios pensam e descobrem a verdade.
Seguindo o mesmo trilho, no “Iluminismo”, um pouco mais recente, seus defensores acreditavam poder alcançar qualquer conhecimento utilizando-se somente do intelecto, livre das emoções e do sensorial. Nesse período o poder da razão foi crescendo; tudo podia ser explicado por ela, totalmente livre dos fatos incômodos. O homem não precisava observar. Bastava ter uma lógica interna aparente que partia de uma premissa irrefutável. Esta não tinha como ser provada ou negada, pois era criada para isso: “Deus existe e Deus é bom. Logo, ele não me enganaria quanto às ideias que me ocorrem”.
Outros sábios da antiguidade ainda continuaram aprisionados à velha afirmação divina, interligados aos defensores da razão pura, e defendiam a tese de que nosso pensamento funcionava automaticamente, conforme leis divinas e eternas, em função do desejo do indivíduo, em todas as ocasiões e situações, a não ser que tivéssemos algum “transtorno psiquiátrico”. Mesmo no caso do “louco”, segundo essa crença, o portador da doença poderia, usando sua “razão” livre, escolher ter a maldição expulsa de sua mente. Tudo era questão de ter uma boa ou má vontade. A pessoa poderia expulsar ocapeta usando, para isso, uma pequena parte da razão ainda intacta e não dominada pelo poderoso demônio que, sorrateiramente, entrara no seu fraco corpo.
A crença que afirma que somos mais racionais que irracionais insere-se muito mais numa aspiração ou desejo moral que na realidade. Acreditava-se que a partir da razão o homem seria capaz de descrever a realidade como se ela, a natureza, obedecesse a “realidade” existente na mente dos seguidores desse mito.
A cultura, principalmente a Ocidental, ainda se acha presa a essas ideias quando se descreve a fabricação dos julgamentos humanos, a todo o instante elaborados (“Assassina! Mata!”; ou “É uma santa; merece o paraíso”). O engano dessa crença fundamenta-se em outro princípio equivocado: acreditava-se que era possível descartar a emoção subjacente ao julgamento realizado pela razão, isto é, podíamos, caso desejássemos, eliminar o que atrapalhava a razão. Tudo seria simples e fácil, bastava apenas fazer uso apenas da razão pura, livre da perniciosa companhia de alojamento.
(atualmente há cultos específicos para "desalojar"...).
Acontece, que segundo os estudos atuais, isso não é possível; não depende de nossa vontade. Razão e emoção trabalham de mãos dadas. (aliás como tudo homem/universo).
A eterna busca do homem pela aquisição do conhecimento verdadeiro fez nascer uma acirrada discussão entre os filósofos acerca do valor da razão e da emoção. Na maioria das vezes, a razão, supervalorizada, foi defendida como sendo um instrumento importante para obter o conhecimento verdadeiro. Quanto à emoção, por outro lado, houve não somente um desinteresse, mas, ainda, ela foi vista como um obstáculo à obtenção do saber. Esses pressupostos, diga-se de passagem, incorretos, deram nascimento à metáfora: de um lado encontra-se a divindade (razão) e, de outro, o animal “emoção” (diabo). Concordando com essa ideia, Platão relata, num de seus escritos, que Deus criou em primeiro lugar a cabeça do homem, encarregada do raciocínio, e, posteriormente, foi forçado a criar um corpo com as paixões para permitir à cabeça mover-se de um lado a outro, pois, do contrário, ela não se moveria. Platão endeusou as ideias, e, ao mesmo tempo, deplorou os sentidos do homem junto com as emoções nele mescladas.

Continuamos no mesmo impasse, por mais que procuremos respostas, não as temos, não adianta seguir "receitas milagrosas, ou seguir este ou aquele segmento, seja o que "espanta o capeta" com um "sprey" seja, o que apregoa que a "meditação" é o caminho certo, seja os que procuram a iluminação no "chá alucinógeno" nas vivências respiratórias, nas receitas cruas, nas vegetarianas, e tantas outras, o homem continua buscando respostas fora, nunca olhando para dentro de si, sempre acreditando ser "diferente e único" sempre dividindo o "mundo" "eu" e "eles" como se "eu" fosse diferente e vivesse num outro "mundo" se proliferando assustadoramente as "crenças". Seria bem mais simples e óbvio, se acreditássemos que somos TODOS UM, como todo o Universo, também natureza.


.DJALMA LEANDRO/agosto/2012.