sábado, 12 de fevereiro de 2011

OTIMISMO

duas cisnes

Quando as andorinhas, bailarinas ligeiras, dançam no ar, coloridas pelos últimos raios do sol poente, o suave calor da primavera anuncia a chegada alegre das flores e da renovação da vida.
Arrebentam-se as fendas dos velhos muros e morros cansados, deixando que os vegetais surjam em variado verdor e os campos largos se exibam com matizados em festa inigualável.

As mãos mágicas do Celeste Pintor saem derramando tintas e perfumes embriagadores em todo lugar, confirmando seu inefável amor por Suas criaturas.
Os córregos cantam com as águas apressadas e as cachoeiras arrebentam cristais nas pedras resignadas, que os recebem felizes.
Há uma revolução geral, e os dias frios partem, deixando as lembranças tristes sepultadas sem saudades.
Revoadas de aves alegres, incessantemente, bordam os céus com imagens sucessivas de beleza incomum.

A primavera é o otimismo da natureza cantando o poema da estesia de Deus. Enquanto se repita, a aliança de amor permanece entre o homem descuidado e seu Pai zeloso, sustentando a esperança.
Apesar disso, muitas criaturas desanimadas deixam de fitar a claridade do dia primaveril, mergulhadas na noite das suas paixões.
Preferem olhar o chão onde permanece o lodo, a contemplar o alto onde fulguram as estrelas. Por isso, tornam-se torpes, amarguradas, perturbadoras.
       

A vida humana, qual ocorre com a da natureza, passa por quadras variadas que se sucedem em ordem de grandeza, servindo uma de base à outra, indispensáveis à harmonia de conjunto.
A noite, que convida ao repouso, enseja a reflexão para o dia, que propicia a ação.
O inverno, que parece destruidor, também enseja a preservação da energia, que estrugirá em vida na primavera.

A criatura humana é o mais grandioso investimento de Deus na Terra, e ser otimista quanto ao futuro, mesmo que haja dificuldades no presente, é o mínimo que lhe cabe, como afirmação da sua realidade e gratidão ao seu Criador.
Quem pretende conservar tristeza no coração, encontrará sempre motivos falsos para sustentá-la, acalentando a queixa, cultivando a desdita e nutrindo-se da insatisfação.


O otimismo é gerador de adrenalina emocional, que estimula o sangue, impulsionando ao avanço, à alegria fomentadora da ação.

Cultivando-o nos sentimentos, adquire-se visão para penetrar o lado oculto ou sombrio das ocorrências e entusiasmo para não desfalecer ante os primeiros insucessos da marcha, prelúdios das vitórias futuras.


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Quem não possui capacidade para sustentar com valor os embates fracassados, não tem condições para viver as grandes e decisórias batalhas.


Nos céus dos que amam e confiam em Deus com otimismo, sempre haverá andorinhas bailando em prenúncio de gloriosas primaveras.






O homem deve impor-se a tarefa de abrir janelas de otimismo nas salas onde dominam tristezas e arejar espaços escuros de pessimismo mediante o aroma da esperança.

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