quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Sim, é possível, pois está acontecendo!

REPERCUTINDO ESPECIAL STUM



Amiga e Amigo leitor, estamos todos vivendo, talvez sem percebê-los em todo seu alcance, momentos cruciais e extraordinários para nosso planeta. Por alguma razão, talvez por causa do exemplo e mérito do meu saudoso pai, sempre tive um interesse profundo nos assuntos internacionais, mundiais, que considero essenciais, ainda mais no mundo atual que a tecnologia da informação hoje reduziu àquele imediato espaço-tempo virtual, que corresponde a um clic do mouse.
Desejo aqui compartilhar brevemente os principais eventos mundiais, na minha humilde opinião, que mudaram para sempre a história da Humanidade e que me acompanharam nesta vida, desde minha chegada ao planeta até este momento.

1945 - Enquanto ainda me encontrava nadando no ventre de minha mãe, em Maio, terminou a segunda grande guerra, com mais de 40 milhões de mortos, em sua maioria civis inocentes, e permitiu a todos constatar o que pode acontecer quando entra em ação a mistura fatal de expansionismo, nacionalismo e ódio racial. O Japão capitulou quatro meses depois, em Setembro, após o brutal ataque a Hiroshima e Nagasaki, quando as bombas nucleares exterminaram centenas de milhares de crianças, mulheres e velhos inocentes; algo inominável que considero impossível justificar. Havia de fato lá muitos outros objetivos militares, como a frota imperial ancorada na baía de Tóquio. O mundo, que tanto precisava de paz, ainda não havia aprendido a lição. As ogivas nucleares começavam a mostrar a que tinham vindo. Começava a Guerra Fria.
E nada ficou como antes...

1968 - No Brasil da ditadura militar, com sua severa censura, pouco foi divulgado sobre estes episódios, mas a Europa foi sacudida de forma irreversível em seus centros de poder...
- Paris, Maio: guerrilha nas ruas e praças. A política tradicional, o capitalismo ocidental, a igreja e a sociedade sofrerão o primeiro grande golpe desta segunda metade do século. Não se trata -em momento algum-, de um movimento eclodido por motivos econômicos; as pessoas, principalmente os estudantes, ocupam praças, constroem barricadas, dominam um bairro inteiro, o Quartier Latin, marcham nas avenidas principais, questionam, desafiam o sistema, o status quo, a sociedade de consumo, apavoram o poder estabelecido. Percebem, sabem que mais esta revolução pode ser vencida. Coesos e com objetivos claros de reformas sistêmicas, os estudantes exigem democracia no nível da rua e disponível a todos, articulam-se de forma a conseguir o apoio de praticamente toda a população...
A Sorbonne -a mais conceituada Universidade francesa-, foi invadida e ocupada; a contestação atingiu níveis paradoxais. Tudo, tudo começou a ser discutido, todos os aspectos da vida social vigentes foram transcendidos, desde os métodos de ensino aos exames de fim de curso, do sistema político ao da saúde pública. A panela de pressão havia estourado e um novo horizonte se tornou realidade. As relações de poder entre o cidadão e as autoridades mudaram da água pro vinho...
E nada ficou como antes...

1989 - A queda do muro e da URSS
Em 9 de Novembro daquele ano, encontrava-me em Dusseldorf, na Alemanha e creio que poucas vezes me emocionei tanto. Nos locais públicos, lojas, restaurantes, farmácias, bancos, havia um ou mais aparelho de TV ligado. Todos continuavam trabalhando ordeiramente e em silêncio, mas com contagiantes lágrimas nos olhos. As imagens mostravam incrédulos alemães orientais, com e sem documentos, passando pelos escancarados postos de fronteira de Berlim -ainda em mãos dos guardas do regime-, que ficaram submersos, e sem reagir, pela multidão avançando rumo ao lado ocidental. Lembro que alguns dirigiam os obsoletos, fumacentos e descartáveis carros Trabant, que em pouco tempo foram jogados em profundas valas abertas nos fundos dos postos de gasolina mais afastados das cidades. Membros de famílias, separadas durante dezenas de anos, ansiosamente espreitavam os que passavam pela fronteira e quando alguém era localizado a comoção tomava conta e a turma -chorando sem parar-, festejava como s e tivesse assistindo a um gol de seu time de futebol.
(Agradeço ao Universo por ter me permitido saborear este momento de celebração).
Com a subsequente queda do muro, ato contínuo, começou o inexorável desmoronamento da União Soviética, da cortina de ferro, do sistema comunista.
A Guerra Fria havia acabado para sempre. A Alemanha estava finalmente reunida.
E nada ficou como antes...

2001 - Um novo inimigo: o terrorismo
Os ataques em solo americano -pela primeira vez na história-, mudaram nossas vidas, a dos iraquianos, dos afegãos, dos islâmicos em geral e dos americanos, que perderam desde então seus direitos constitucionais, ficando submetidos à lei chamada de "ato patriótico":
"Entre as medidas impostas pela lei, estão a invasão de lares, espionagem de cidadãos, interrogações e torturas de possíveis suspeitos de espionagem ou terrorismo, sem direito a defesa ou julgamento. As liberdades civis com esse ato são removidas do cidadão. Muitos historiadores relacionam essa lei como um passo legal para a instituição de lei marcial na eventualidade de qualquer evento de terrorismo, falso ou verdadeiro" (Wikipédia)
Sim, os EUA em crise profunda encontraram o terrorismo, palavra-chave que hoje apavora meio mundo e que justifica qualquer ação de retorsão comercial, diplomática ou militar, para manter o medo como companhia constante dos habitantes dos EUA e do planeta.
Não vamos aqui entrar no mérito sobre a autoria do ataque, aspecto que já foi tratado em outro especial.
E nada ficou como antes...

2011 - Sim, é possível, pois está acontecendo!
Pessoalmente, acredito que este ano, que está quase terminando, tenha sido o mais importante, o mais crucial de todos os que relatei. Será o marco deste século.
Os bravos e determinados filhos da "Primavera Árabe", saturados pelo jugo de regimes feudais, os "indignados", em sua maioria desempregados, sem esperança e sem projeto de vida, que ocuparam a principal praça de Madri e as de todas as partes da Espanha, abriram uma nova era para a Humanidade. Em poucos meses, algo que parecia puro devaneio com os dias contados, mostrou toda sua força, derrubando ditadores vitalícios, e espalhando aos quatro ventos uma semente poderosa, que aos poucos está ganhando as ruas do mundo inteiro, exigindo mudanças estruturais profundas, carregando pelas ruas e praças as bandeiras da ética, da justiça, da luta sem fim às desigualdades, ao preconceito, à separação.
Estamos apenas no começo. Com ou sem o apoio da mídia, muitas vezes impossibilitada de operar com liberdade, a Internet e suas redes sociais, bem empregadas, estão conectando, informando, motivando milhões e milhões de pessoas que começaram a sentir e apreciar seu real poder, outrora negado e manipulado e que emana de uma infinita maioria de trabalhadores, estudantes, homens e mulheres, seres humanos cansados de projetar num futuro que nunca chega suas realizações pessoais, profissionais, seus sonhos.
Quase 100 países se encontram hoje em agitação permanente. Metade dos países da Europa está em profunda crise econômica e social.
Os políticos, em sua maioria limitados, desmoralizados e ambiciosos, para dizer o mínimo, não conseguem sequer entender o que acontece de fato com a sociedade, abandonada inexoravelmente às cruéis leis de mercado. O socorro disponível ignora o aspecto básico do ser humano, focando, privilegiando como sempre as instituições financeiras para -dizem-, evitar uma "crise sistêmica".

Percebo que o Universo está atuando num movimento pontual, sereno, implacável, que somente perturba quem não o percebe, por estar cego e surdo aos chamados de sua própria alma, esquecendo-se de que uma das sete leis espirituais é a do carma, como pode ser bem compreendido no livro "Morrer não se improvisa" de Bel Cesar.
Não será preciso desenvolver novos sistemas de governo, visto que uma democracia -finalmente iluminada-, amorosamente atuante, priorizando as enormes e urgentíssimas necessidades da Humanidade, terá todas as condições morais de estar à frente de povos despertos e conscientes.
Somente trazendo a Espiritualidade de volta às nossas vidas, poderemos transformar o mundo inteiro. Não haverá necessidade de destruir nada do que está aí. Basta afastar de vez -ou reabilitar-, os irmãos que ainda se encontram na sombra.
Vamos nos tornar também ativistas da Luz, mensageiros da Verdade que liberta?
O chamado é forte, é global, precisamos agir também, de acordo com nosso potencial. Creio seja o momento de consagrar nossa energia, amor-próprio e disponibilidade em prol desta enorme onda de transformação de consciências, alegres e felizes por poder servir ao Universo neste momento fundamental, fazendo nossa parte com inteligência, coragem, determinação e muito amor, em cada ato de nossa existência.
E nada ficará como antes...

Sim, somos um só!
Agradeço aqui os queridos e pacientes Guias e mais a turma toda que permite que o site exista: Rodolfo, Sandra, Teresa, Marcos, Anderson, Ian, Lidiane... e Você!

Namastê (O Deus que É em mim saúda o Deus que É em Você).
Sergio STUM

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